quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

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Toda vez que toca o telefone, eu penso que é você
Toda noite de insónia eu penso em te escrever
Pra dizer que o teu silêncio me agride
E não me agrada ser um calendário do ano passado
Pra dizer que teu crime me cansa
E não compensa entrar na dança depois que a música parou
A música parou (Parou!)

Nosso maior defeito, talvez seja a solidão
Nossas virtudes, talvez não tenham solução
Então pega o telefone ou um avião
Deixe de lado os compromissos marcados
Perdoa o que puder ser perdoado
Esquece o que não tiver perdão
E vamos voltar aquele lugar

Vamos voltar

Ao tempo em que nada
Nos dividia
Havia motivo pra tudo
E tudo era motivo pra mais
Era perfeita simetria
Éramos duas metades iguais